Nos idos do século dezessete o termo eminência parda referia-se a um assessor de um poderoso Cardeal Francês. Este não tomava nenhuma decisão importante sem consultá-lo.
Assim como esse famoso Cardeal, é comum nos dias de hoje grandes líderes empresariais terem o apoio permanente de um Coach com a missão de questioná-los, provocar insights que fomentem a mudança e dar feedback franco e direto, o que não é comum nas posições mais elevadas do organograma.
Há uma percepção generalizada de que o Coaching de executivos funciona, e é por isso que o segmento não para de crescer.
Entretanto recomenda-se cautela por parte das empresas ao contratar um Executive Coach.
Pesquisa feita pela HARVARD BUSINESS REVIEW (*) com 140 Executive Coaches mostra que o motivo pelo qual as empresas contratam esse profissional é principalmente para desenvolver executivos que apresentam alto desempenho ou grande potencial de crescimento na empresa. Poucos anos atrás um Executive Coach normalmente era contratado para minimizar comportamentos negativos de executivos tóxicos ou para ajudar executivos com baixa performance.
Ressalta que o que motiva a busca de um Executive Coach são questões profissionais, mas, na maior parte dos casos, ao longo do processo, são tratadas questões diversas como, por exemplo, propósito de vida, equilíbrio entre vida profissional e pessoal e o desenvolvimento de competências de liderança. A duração dos ciclos de Coaching varia de 7 meses a um ano. Na maior parte das vezes quem faz a contratação é o gestor responsável pelo executivo ou o RH.
Menciona três pontos de suma importância para o sucesso do processo de Coaching:
- O executivo estar altamente motivado para a mudança; os que obtêm os melhores resultados são aqueles com um forte desejo de aprendizado e crescimento;
- Haver uma forte empatia entre o executivo e o Coach para que o cliente tenha a confiança necessária para se abrir sem restrições, confiando no sigilo absoluto por parte do profissional que o está atendendo; e
- A alta gestão estar totalmente comprometida com o desenvolvimento do executivo.
Destaca também a importância da certificação desses profissionais que deve ser feita por instituições que tenham uma metodologia compatível com o atendimento de executivos e empresários. Fica claro que a abordagem de Life Coaching não é a mais adequada para o atendimento de empresas e pode trazer mais problemas do que benefícios.
A conclusão que se tira é que para potencializar o desempenho dos gestores e melhorar os resultados empresariais o Executive Coaching é um recurso importante a ser considerado.
(*) Harvard Business Review – What can coaches do for you?
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